Jerusa dos Santos, aos 41 anos, é campeã dos 100m rasos no Mundial Paralímpico
13/07/2023 | 16:12:33 Paulo Melo
Foto: Ale Cabral/CPB

Jerusa dos Santos conquistou, nesta quinta-feira, a medalha de ouro nos 100m rasos na categoria T11 do Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico em Paris, na França. A atleta de 41 anos completou a distância em 11s86, enquanto outra brasileira, Thalita Simplício, ficou com o bronze, com 12s30. O país ainda foi ao pódio com Yeltsin Jacques nos 1500m da classe T11, deficiências visuais, e na prata de Raissa Machado no lançamento do dardo F56, para atletas que competem sentados.

Assim, o Brasil está com 24 medalhas no Campeonato Mundial, que segue até segunda-feira. São nove ouros, seis pratas e nove bronzes, e a segunda posição no quadro geral, atrás somente da China.

A final dos 100m rasos da classe T11 contou com três brasileiras: além de Jerusa e Thalita, Lorena Spoladore também estava na prova. Jerusa saiu forte, liderou desde o começo e venceu com o novo recorde do campeonato. Lorena vinha na segunda posição, mas caiu faltando 20 metros para o fim da prova. Assim, a prata ficou com a chinesa Couqing Liu, com 12s30, e o bronze com Thalita Simplício, com 12s37.

- É meu bicampeonato, estou muito feliz. Meu treinador está aqui, minha mãe veio pra torcer, então estou muito feliz. A gente mostra que o esporte não escolhe idade. A gente faz o que gosta com muito amor, por isso que a gente está aqui - disse a campeã.

Pela manhã, Yeltsin Jacques conquistou a medalha de ouro nos 1500m rasos da classe T11, para deficientes visuais. Ele anotou o tempo de 4min03s83, que é recorde do campeonato. O japonês Kenya Karasawa foi prata, com 4min08s26, enquanto o polonês Aleksander Kossakowski levou o bronze, com 4min08s34. Foi a segunda medalha de Yetsin no torneio, tinha sido bronze nos 5000m.

Yeltsin é ouro no Mundial paralímpico — Foto: Alê Cabral/CPB

Yeltsin é ouro no Mundial paralímpico — Foto: Alê Cabral/CPB

- Muito feliz com o resultado. Sensação de missão cumprida. Não estava muito em ritmo de competição, mas conseguimos fazer um bom trabalho junto com toda a nossa equipe multidisciplinar. A rivalidade com o japonês [Kenya Karasawa] é muito boa dentro da pista, porque somos amigos fora dela. Eu fiquei na frente o tempo todo, mas sabia que ele iria vir atrás. Mas meu biotipo e minha genética me ajudam bastante, consigo ser rápido na chegada. Eu sabia que se chegasse nos últimos 500 metros na frente, dificilmente perderia - disse o brasileiro.

Ainda pela manhã, Raissa Rocha Machado foi prata no lançamento de dardo da classe F56 (atletas que competem sentados).Ela conseguiu 23,05m, atrás da letã Diana Krumina, com 25,81m. Foi o terceiro pódio da baiana em Mundiais, após a prata de 2015 e o bronze de 2019.

Raissa Machado é prata no Mundial — Foto: Alê Cabral/CPB

Raissa Machado é prata no Mundial — Foto: Alê Cabral/CPB

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