CBF apresenta novo calendário do futebol brasileiro para 2026 com mudanças significativas
01/10/2025 | 18:21:48 Paulo Melo
Foto: João Guerra

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta quarta-feira (1º), o novo calendário para o futebol brasileiro, válido de 2026 a 2029, com reformulações importantes. Entre as principais novidades estão a redução das datas dos campeonatos estaduais, a ampliação do Campeonato Brasileiro, a reformulação da Copa do Brasil e a criação de torneios regionais, como a Copa Sul-Sudeste, a Copa Centro-Oeste e o retorno da Copa Norte.

Brasileirão mais longo e estaduais mais curtos

Durante evento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a CBF detalhou que o Brasileirão terá início em 28 de janeiro e se estenderá até 2 de dezembro, com os estaduais ocorrendo de 11 de janeiro a 8 de março, limitados a 11 datas. Com isso, haverá semanas de sobreposição entre as competições, mas as finais dos estaduais terão uma semana exclusiva, sem jogos do campeonato nacional.A reformulação busca equilibrar o calendário, reduzir o número de partidas dos clubes de elite e aumentar o apelo comercial do Brasileirão, segundo a CBF. A entidade acredita que as mudanças trarão maior competitividade e sustentabilidade financeira aos clubes.

Copa do Brasil ampliada

A Copa do Brasil passará por uma expansão significativa em 2026, indo de 92 para 126 clubes participantes, com previsão de chegar a 128 em 2027. A final, em jogo único, está marcada para 6 de dezembro de 2026, em um estádio escolhido com base em critérios como acessibilidade, capacidade hoteleira e infraestrutura para receber as torcidas. Um intervalo de um mês entre a semifinal e a final permitirá melhor planejamento dos torcedores.Das 102 vagas diretas, 80 serão destinadas a clubes dos estaduais, enquanto os 20 times da Série A entrarão na quinta fase, e os campeões da Copa do Nordeste, Copa Verde, Série C e Série D iniciarão na terceira fase. Apenas a quinta fase, oitavas, quartas e semifinais serão disputadas em jogos de ida e volta.

Estrutura da Copa do Brasil 2026

  • 1ª fase: 28 clubes (28 piores ranqueados)
  • 2ª fase: 88 clubes (74 melhores ranqueados + 14 classificados)
  • 3ª fase: 48 clubes (4 campeões regionais/nacionais + 44 classificados)
  • 4ª fase: 24 clubes (classificados)
  • 5ª fase: 32 clubes (20 da Série A + 12 classificados)
  • Oitavas, quartas e semifinais: 16, 8 e 4 clubes, respectivamente
  • Final: 2 clubes (jogo único)
    Fonte: CBF

Novos torneios regionais

A CBF criou competições regionais para ampliar oportunidades aos clubes de divisões menores. A Copa Sul-Sudeste, a Copa do Nordeste e a Copa Verde (que englobará a Copa Norte e a Copa Centro-Oeste) serão disputadas entre março e junho, em 10 datas. Clubes participantes de torneios da Conmebol estarão fora dessas competições.

  • Copa Sul-Sudeste: 12 clubes (2 vagas por estado: PR, RS, SC, RJ, SP e MG).
  • Copa do Nordeste: Expansão de 16 para 20 clubes.
  • Copa Verde: 24 clubes, divididos entre Copa Norte e Copa Centro-Oeste, com os vencedores decidindo o título.

Impactos nos clubes

A Série D terá um aumento de 64 para 96 clubes, elevando em 26% o número de times em divisões nacionais. Com a ampliação da Copa do Brasil e os novos torneios regionais, a CBF prevê 82 novas vagas em competições organizadas pela entidade em 2026. Para os clubes da Série A, a redução dos estaduais e a entrada tardia na Copa do Brasil podem diminuir em até 15% o número de jogos na temporada.A CBF planeja investir R$ 1,3 bilhão em suas competições a partir de 2026, com um aumento de 11% no número de partidas organizadas.

Planejamento a longo prazo

O novo calendário foi desenhado considerando os desafios de 2026 e 2027, impactados pela Copa do Mundo masculina (55 dias de interrupção) e pela Copa do Mundo Feminina, que exigirá a entrega de estádios à Fifa. As melhorias, como a redução de sobreposições com datas Fifa e a racionalização de partidas, serão mais perceptíveis a partir de 2028.Com essas mudanças, a CBF busca modernizar o futebol brasileiro, equilibrando competitividade, saúde dos atletas e viabilidade econômica para os clubes.

 — Foto: Infoesporte
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