Foto: Jô Marconne/CBF Carlo Ancelotti chegou ao Brasil no fim de maio com uma missão clara: transformar uma Seleção desacreditada em uma forte candidata ao título da Copa do Mundo de 2026. O contrato do técnico italiano com a CBF é válido até o fim do Mundial, mas o treinador já expressou o desejo de permanecer por mais um ciclo, até 2030 — e, se isso acontecer, quer ir além do trabalho apenas dentro de campo.
Desde que desembarcou no país, Ancelotti tem se dedicado a conhecer de perto a cultura e o futebol brasileiro. Ele vem aprendendo o idioma, viajando por diferentes capitais e acompanhando partidas em estádios locais. Já passou por São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre, e no último domingo (2) esteve no Rio de Janeiro, em São Januário, para assistir a Vasco x São Paulo.
Nesta terça-feira (4), o comandante da Seleção participou do Fórum Brasileiro de Treinadores de Futebol, realizado na sede da CBF, mas organizado pela Federação Brasileira de Treinadores de Futebol (FBTF). Segundo apuração do Lance!, o próprio Ancelotti ajudou a trazer dois dos principais convidados do evento: o português Henrique Calixto, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Portugal, e o espanhol David Gutiérrez Saiz, da Academia da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Durante sua fala na abertura do fórum, Ancelotti destacou que, embora o principal objetivo seja conquistar a Copa do Mundo, o projeto da CBF vai muito além do troféu:
“O objetivo é melhorar o futebol brasileiro — o calendário, a arbitragem, a formação e o curso dos treinadores, e também a estrutura dos estádios. A CBF precisa da ajuda e da opinião dos treinadores”, afirmou.
Fontes próximas ao técnico afirmam que Ancelotti se sente à vontade no Brasil e que sua intenção de permanecer é sincera. O italiano tem elogiado constantemente a paixão e o acolhimento do torcedor brasileiro e demonstrado interesse genuíno em contribuir com o desenvolvimento do esporte no país.
Mesmo diante de críticas pontuais de ex-treinadores, como Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira, Ancelotti manteve a serenidade — mais uma prova de que, além de buscar resultados imediatos, ele parece disposto a deixar um legado duradouro no futebol brasileiro.