O futebol brasileiro é aquela coisa. Em um dia, você critica determinado clube; no outro, reencontra essa mesma equipe em casa para uma partida do Campeonato Brasileiro. É o caso do presidente Fábio Mota, do Vitória, e o Corinthians. O dirigente revê a equipe paulista neste sábado, no Barradão, em confronto direto contra a zona de rebaixamento da Série A.
Tudo começou em agosto deste ano. Ao se sentir prejudicado pela arbitragem em uma partida contra o Cruzeiro, Fábio Mota apontou que o Vitória estaria sendo atrapalhado para favorecer rivais diretos na luta contra o rebaixamento, entre eles o Corinthians. A acusação foi rebatida em nota oficial pelo clube paulista na época.
- É vergonhoso, o Cruzeiro, o Corinthians, o Fluminense não precisam disso para não cair. Será que é para o Vitória cair, porque é o que tem menor investimento? É isso que precisamos saber. Eu clamo para o Brasil que precisamos ter o profissionalismo da arbitragem. Estamos vivendo uma crise histórica da arbitragem no Brasil, é o pior momento desde a sua existência. Vamos parar tudo e profissionalizar a arbitragem - pediu Fábio Mota.
Em outubro, durante uma entrevista coletiva para a anunciar um novo patrocinador e a renovação de contrato com o atacante Osvaldo, uma nova declaração polêmica. Na ocasião, Fábio Mota, ao ser questionado sobre a dificuldade em lutar para não ser rebaixado contra equipes com poder financeiro maior, criticou os gastos desenfreados do Corinthians.
- [Clubes com investimento] muito maior, que continuam contratando sem pagar ninguém. Não têm fair play. Esse é o problema. O Corinthians contratou jogador para pagar R$ 3 milhões por mês, brigando com a gente cabeça a cabeça. Enquanto isso não consegue pagar o salário do mês e deve mais de R$ 2,5 bilhões. Isso é o futebol brasileiro. Essa loucura tem que acabar. Tem que ser responsabilizado, tem que ter fair play. Tudo no Brasil tem lei. No futebol não tem. Isso é loucura. Ou você muda isso, ou o futebol brasileiro fica cada vez mais descredenciado para o mundo. Uma das razões para ter poucos investidores é isso. De lá de fora não vê segurança jurídica, porque as decisões aqui mudam do dia para a noite. E não vê clareza, transparência e gestão séria no futebol brasileiro - declarou Mota na ocasião.
Em outubro, durante uma entrevista coletiva para a anunciar um novo patrocinador e a renovação de contrato com o atacante Osvaldo, uma nova declaração polêmica. Na ocasião, Fábio Mota, ao ser questionado sobre a dificuldade em lutar para não ser rebaixado contra equipes com poder financeiro maior, criticou os gastos desenfreados do Corinthians.
- [Clubes com investimento] muito maior, que continuam contratando sem pagar ninguém. Não têm fair play. Esse é o problema. O Corinthians contratou jogador para pagar R$ 3 milhões por mês, brigando com a gente cabeça a cabeça. Enquanto isso não consegue pagar o salário do mês e deve mais de R$ 2,5 bilhões. Isso é o futebol brasileiro. Essa loucura tem que acabar. Tem que ser responsabilizado, tem que ter fair play. Tudo no Brasil tem lei. No futebol não tem. Isso é loucura. Ou você muda isso, ou o futebol brasileiro fica cada vez mais descredenciado para o mundo. Uma das razões para ter poucos investidores é isso. De lá de fora não vê segurança jurídica, porque as decisões aqui mudam do dia para a noite. E não vê clareza, transparência e gestão séria no futebol brasileiro - declarou Mota na ocasião.
Quanto aos números citados por Fábio Mota, em setembro de 2024 o Corinthians informou que a dívida total do clube era de R$ 2,3 bilhões. Já o Vitória, de acordo com o último balanço financeiro divulgado, tinha um débito de 233,586 milhões no fim de 2023.
Já em relação ao "jogador de R$ 3 milhões" citado por Mota, o atacante Memphis Depay, principal reforço do Corinthians, vai custar cerca de R$ 70 milhões entre salários, luvas e bonificações diluídos nos 28 meses de contrato.
De volta à Primeira Divisão nesta temporada, o Vitória tem orçamento de R$ 218 milhões. Ao longo do ano, a diretoria fez 30 contratações e gastou, aproximadamente, R$ 15 milhões em reforços . Janderson foi a compra mais cara do clube, que desembolsou R$ 5 milhões para tirar o atacante do Botafogo.
Milhões à parte, Vitória e Corinthians fazem confronto acirrado dentro de campo na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro está na 12ª posição, com 38 pontos, a mesma pontuação do Timão, que aparece em 13º, mas com número de triunfos inferior.